Ela trazia um sorriso contagiante que escondia um coração partido no peito.
Ele tinha um jeito tímido que não deixava transparecer sua vontade de viver.
Os outros não conseguiam enxergar além do que seus olhos viciados eram capazes de ver.
Ela encarava a vida com a convicção daqueles que já perceberam que ela só faz sentido para os que não perceberam que ela não faz sentido algum.
Ele tinha rompantes de felicidade e paixão pelas coisas- o que era constantemente interpretado como loucura e instabilidade.
Os outros nunca conseguiram os entender plenamente e preferiam tratá-los com condescendência.
Ela o viu.
Ele a notou.
Os outros não viram naquilo um bom sinal.
Eles foram em frente sem se importar com o que os outros pensavam sobre eles e, por um período de tempo, foram mais felizes do que os outros jamais serão...
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
A Vida, A Morte e Tudo No Meio
Afirmar que o outro "já tinha chegado tão longe" era algo fácil de fazer,
difícil mesmo era sentir que não havia saído um centímetro do mesmo lugar onde sempre estivera, que toda a sua vida tinha sido uma grande sucessão de acasos e fatos alheios ao seu controle. Olhar para trás e constatar que nada realizou, encarar o presente e não sentir orgulho do que se tem e, acima de tudo, tentar imaginar um futuro e não ver nada além de possibilidades obscurecidas pela sua própria incapacidade.
E então viver não era mais do que um constante exercício de paciência e caridade, no qual ceder era a palavra de ordem e questionar parecia uma agressão impensável.
"Você é capaz de tudo" dizem eles,
mal sabendo que o tudo não era o seu objetivo, antes preferia ser o nada, se o nada trouxesse algum tipo de alívio ao que era viver. Sabia ser possível a vida no nada, quantas pessoas conhecia nessa situação..., mas nem mesmo no nada parecia caber. Então passava a vida se escondendo atrás de promessas e compromissos que sabia não ser capaz de cumprir, mas os fazia por pura conveniência.
E então, por um breve momento, viver era mais do que um constante exercício de paciência e caridade, no qual ceder era a palavra de ordem e questionar parecia uma agressão impensável.
"O seu destino é você quem faz",
quantas vezes ouvira e chegara mesmo a acreditar na frase, para logo em seguida ser confrontado com a insustentabilidade de suas escolhas pessoais e mais uma vez cair nas armadilhas coletivas que faziam com que voltasse às velhas práticas.
Então um dia resolveu se projetar rumo ao desconhecido e assim se tornar imperecível.
difícil mesmo era sentir que não havia saído um centímetro do mesmo lugar onde sempre estivera, que toda a sua vida tinha sido uma grande sucessão de acasos e fatos alheios ao seu controle. Olhar para trás e constatar que nada realizou, encarar o presente e não sentir orgulho do que se tem e, acima de tudo, tentar imaginar um futuro e não ver nada além de possibilidades obscurecidas pela sua própria incapacidade.
E então viver não era mais do que um constante exercício de paciência e caridade, no qual ceder era a palavra de ordem e questionar parecia uma agressão impensável.
"Você é capaz de tudo" dizem eles,
mal sabendo que o tudo não era o seu objetivo, antes preferia ser o nada, se o nada trouxesse algum tipo de alívio ao que era viver. Sabia ser possível a vida no nada, quantas pessoas conhecia nessa situação..., mas nem mesmo no nada parecia caber. Então passava a vida se escondendo atrás de promessas e compromissos que sabia não ser capaz de cumprir, mas os fazia por pura conveniência.
E então, por um breve momento, viver era mais do que um constante exercício de paciência e caridade, no qual ceder era a palavra de ordem e questionar parecia uma agressão impensável.
"O seu destino é você quem faz",
quantas vezes ouvira e chegara mesmo a acreditar na frase, para logo em seguida ser confrontado com a insustentabilidade de suas escolhas pessoais e mais uma vez cair nas armadilhas coletivas que faziam com que voltasse às velhas práticas.
Então um dia resolveu se projetar rumo ao desconhecido e assim se tornar imperecível.
Assinar:
Postagens (Atom)