Por um dia na minha vida gostaria de sentir como os outros e saber o gosto que tem fazer parte de algo onde você realmente se sente acolhido. Gostaria de me misturar a uma multidão de adoradores de alguma banda e cantar junto com eles as nossas músicas favoritas. Sentar para conversar com minha familia e todos termos as mesmas opiniões sobre os mesmos temas. Ficaria extremamente contente por ser um sábado à noite e não estar ouvindo Coldplay e escrevendo textos tão amargos, preferiria estar em alguma festa com outras pessoas tão apaixonadas pela vida quanto eu seria. Comeria o que me fosse oferecido sem restrições de paladar e poderia opinar sobre o gosto das mais diversas comidas. Entraria em discussões acaloradas em mesas de bar por causa de música, artes e futebol, e acabaria com a discussão pedindo a próxima cerveja gelada. Diria as pessoas que me cercam que as amo [pausa God Put A Smile Upon Your Face começou ...]. Sorry. [ixe The Scientist...]. Ufa, essa foi dificil... hehehe. Enfeitaria as conversas no msn com mil e uma carinhas e reencaminharia todas as correntes que me chegam pelos emails. Seria mais gentil com desconhecidos e não passaria uma imagem tão critica ou depressiva.
Mas tenho medo de conseguir realizar esse sonho e depois que o efeito Cinderela acabar eu não mais caiba de vez na minha verdadeira realidade. E tendo sentido o gosto da burrice e do vazio tivesse que voltar para meus pensamentos obscuros e assustadores, como seria essa luta constante? Melhor mesmo nem pensar nisso então...
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Que fuga derradeira é esta que executamos com tanta maestria pelas esquinas e que insistimos em chamar de vida?
ResponderExcluirMudos como a morte perigrinamos infatigáveis, passando por alturas que não vemos e tomamos como planícies assim como nossas supremas certezas, retas e lineares, atravessamos cegos, buscando nos desconhecer, gritando "SIM" para todos os cruzamentos(ansiando a colisão, daquelas que não deixa nem rastro), ignorandos as pontes.
Não tem solução, é como destes quadros tortos na parede que ficamos compulsivamente tentando indireitar( pensamos: a culpa é do gancho, do prego, do martelo, da parede, a culpa é do quarto...) mas se alinharmos a moldura é a gravura que fica torta