Dúvida Cruel: por que mesmo sabendo que algo nos faz mal continuamos a fazê-lo?
Origem da Dúvida: Estou eu quieto em casa sozinho, cheio de livros e revistas para ler, filmes e seriados para ver, horas para dormir, cds para ouvir e etc mas ao invés de permanecer em meu conforto prefiro sair de casa e cair na boca do lobo, explico: eu sou o que se pode chamar de "ovelha negra" da família pois meus gostos destoam do que os outros projetam como "normal" e por causa disso sempre recebo olhares tortos quando estamos em uma discussão e eu exponho meu ponto-de-vista, por isso tudo não me sinto à vontade em estar com o resto de minha família- que diga-se de passagem é enorme e quando se junta é um pandemônio só...- mas de vez em quando faço o esforço supremo e vou aos encontros dominicais familiares. No caminho até lá vou imaginando que daquela vez tudo vai ser diferente e vamos todos ter um dia maravilhoso e pacifico juntos, respeitando e sendo respeitado, ouvindo e sendo ouvido e blah blah blah; mas ao chegar e começar a conversar as diferenças logo começam a aparecer e eu me sinto sendo excluído e repreendido por todos o tempo todo: "Menino não critique tanto", "Menino não ouça isso", "Menino não veja aquilo", "Menino goste disso", "Esse menino não pode ser normal" e por aí vai. E lá no final do dia eu acabo detonado e encolhido num canto enquanto todos se divertem vendo Faustão, Eliana ou Ana Hickman, e eu coninuo me perguntando o motivo de me fazer passar por isso tudo quando eu já sei onde vai dar.
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
O Ricardão
Pra Raimunda tem tapinha na bunda,
pra Renata o tapinha é na cara,
mas pra você Roberta a mãozinha vai na ...
A vizinha tá toda molhadinha pedindo outro tapinha,
o maridão chega já da rua e vai ter confusão,
mas eu sou Ricardão e fogo eu não nego, não.
Eu traçando a mulherada,me esqueçi de cuidar de casa
Quando entro no quarto vejo a mulher de quatro.
Sem saber o que fazer, só ouvia a danada gemer
Foi aí que senti ar minha gaia crescer.
pra Renata o tapinha é na cara,
mas pra você Roberta a mãozinha vai na ...
A vizinha tá toda molhadinha pedindo outro tapinha,
o maridão chega já da rua e vai ter confusão,
mas eu sou Ricardão e fogo eu não nego, não.
Eu traçando a mulherada,me esqueçi de cuidar de casa
Quando entro no quarto vejo a mulher de quatro.
Sem saber o que fazer, só ouvia a danada gemer
Foi aí que senti ar minha gaia crescer.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Oh, Criador
Enquanto os pássaros cantavam nas árvores, as crianças voltavam das escolas, carros e motos passavam apressados embaixo de sua janela ele apenas vislumbrava os passos que o haviam levado até ali; como era fácil se deixar levar por gestos passionais e inconsequentes, mas tampouco era difícil fazer se passar por duro e racional quando lhe coubesse. Ele havia vivido uma vida inteira de mentiras e fingimentos, pronunciava palavras como se elas realmente significassem algo além de representações limitadas - e limitantes -, distribuia carinhos com a mesma capacidade com que destilava seu veneno sobre aqueles que insistiam em cruzar seu caminho. Levava uma vida pública decente e satisfatória ao mesmo tempo em que na sua privacidade cometia os mais sórdidos pecados contra si mesmo e aqueles que jurava amar.
Enquanto o Sol se posicionava no ponto mais alto do céu, os vizinhos se ocupavam de sua tarefas corriqueiras, o rádio tocava a mesma música pela décima vez na mesma manhã ele continuava a dar prosseguimento a sua existência translúcida até que não mais se fizesse necessário.
Enquanto o Sol se posicionava no ponto mais alto do céu, os vizinhos se ocupavam de sua tarefas corriqueiras, o rádio tocava a mesma música pela décima vez na mesma manhã ele continuava a dar prosseguimento a sua existência translúcida até que não mais se fizesse necessário.
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