quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Vastidão




Viver era um exercício constante de solidão e esquecimento.
Observar o descompasso entre si e os outros era o que mais doía,
confirmação de que o não pertencimento era a sua única certeza
e como fazer para superar essa situação?
Seguir em frente parecia uma sucessão de fatos aleatórios,
tão aleatórios que nem fazia mais questão de se lembrar deles
e assim ia se esquecendo de como viver,
e as pessoas iam se esquecendo dele também.
Até que nada mais restou,
a não ser solidão e esquecimento.

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